domingo, 1 de fevereiro de 2009

Minha caverna

Fecho os meus olhos e encontro o silêncio
Olho para onde o barulho não pode chegar
Envolvente é a paz desse suave relento
Que pouco a pouco parece me dominar

Na escura quietude dessa minha caverna
Encontro o meu eu, que vem me contar:
Que a vida sem amor é um anjo sem pernas
Voando no infinito, sem poder pousar

Venha, destino feliz,
E não permita que ela demore a chegar
Peça que esqueça as coisas que fiz
Trazendo consigo a coragem de amar

Se não vier, tire-a do meu caminho
Não poderia sobreviver em outro lugar
Antes de bem, vivendo sozinho
Do que sofrendo um amor vulgar

Não vou me submeter às suas vontades
Não quero ter que aqui me abandonar
Venho vivendo minha melhor realidade
E acredito que ela também possa gostar

Os olhos fechados, a minha caverna
Tanta felicidade para compartilhar
Mas continuo sozinho, um anjo sem pernas
Voando no infinito, sem poder pousar