quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sorriso solitário

Lua minguante deitada
Sorri nessa noite calada
Como alguém que não ouve nada
E não tem por quê chorar

Não conte, bela, o seu segredo
Conserve aceso esse medo
Que faz do homem um brinquedo
Quando uma boca vira mar

Esse que não vê motivo
Para manter um sorriso vivo
Vive como um viúvo:
Esperando sua hora chegar

Mesmo lá de cima ela sabe
Que um sorriso sempre cabe
No rosto de quem abre
Uma exceção em seu penar

Sorria, Lua, sorria!
E seja uma pobre vadia
Que se alegra em noite vulgar