quarta-feira, 19 de agosto de 2009

No balanço da morena

Aquele olhar não engana
Não arrisque olhar de frente
É desafiante, de gente sacana
Do tipo que se faz suficiente
P'ra perceber a formosura pelos olhos

O cabelo tingido em petróleo
Ela joga p'ra lá e p'ra cá
Em um fingido desconforto
Que deixa cheiro de banho no ar
E muito homem de pescoço torto

Pois preferia eu estar morto!
P'ra não ter que aturar esse sorriso
Contenho-me para não fazer nada
E sua beleza vira meu prejuízo
Melhor seria se fosse uma mal-amada

Mas que nada!
A danada não se faz namorada
Para não perder a carona
Ela sabe que carrega olhares
E que quem a vê no ato se apaixona
Por isso vive a rodar pelos bares

Sente prazer em destruir os lares
Daqueles que param p'ra ela passar
Se estiverem em par, então, é pra já!
O desconforto vem a incomodar:
Joga o cabelo p'ra lá
Joga o cabelo p'ra cá